11 de junho de 2008

Todo dia

O despertador tocou
Ele acorda
Abre os olhos, vê o que se passou
Levanta-se para ir embora

Vai até o banheiro cambaleante
Joga água no rosto
Pensa em voltar a dormir mas em instantes
Estará se dirigindo ao seu posto

Chega e bate o ponto
Da “bom dia” e “tudo bem”
Liga a tv para ver a reprise do jogo
O Vasco perdeu, mas fazer o que?

O telefone toca e ele atende
Responde seriamente ao superior
Preocupa-se apenas com aquele ar quente
Pois o ventilador quebrou e ninguém ainda concertou

Na guarita ele vigia
Cada corpo, cada rosto
Nada lhe perturba a calmaria
Enquanto recusa-se a vigiar o seu próprio desgosto

Segue divagar cada dia
Inebriante e quente
Mas sua alegria
É viver assim tão vagarosamente.

4 comentários:

Tânia Duarte disse...

LINDO*

bjs =)

Anônimo disse...

Fala José Rodrigues, adorei seus poemas, são ótimos!^^
Eu esqueci de pegar seu email na Oficina (do fórum de midia "livre"), então anota o meu:
cOunterculture@riseup.net ou carol.anticopyright@gmail.com (esse último é só pra ironizar com o google) =P

bjos!^^
Carol (da oficina do fórum)

..onde fica marraquexe.. disse...

Massa corrida para manter o cotidiano, onde as estações e o desgosto são recalques num sugundo plano, é bom viver.
Legal o poema.

Jean Souza disse...

milhões de cotidianos anônimos por aí: minha paixão.

obrigado pela visita lá no epitélios.

um abraço,rapaz.