29 de março de 2008

A chuva caindo

A terra seca ficando molhada.
A água caindo.
A chuva chegando depressa.
Poças se formando no chão.

Um vento frio batendo.
Gente com guarda-chuvas e capas.
Pessoas correndo.
E a chuva caindo.

O tempo passando
A água transbordando.

O jeito é correr.
Andar para onde der.
Fugir, sair, se esconder.

E a chuva caindo.
O tempo passando.
A água chegando.

A terra molhada.
O céu nublado.
O corpo encharcado.

A terra ensopada.
A chuva que não pára.
A água caindo.
Caindo e chegando
E logo partindo.

4 comentários:

Tânia Duarte disse...

oi!
olha quando li esta poesia deu-me vontade de rir :P
sabes que aquilo que tu relatas aqui, e muito bem, é aquilo que acontece aqui nesta epoca. Eu como detesto usar chapeu de chuva, ando sempre a correr de um lado para outro para fugir dela mas, acabo sempre, por ficar toda molhada.
Gostei mesmo muito deste teu relato :D

bjs ffs!
ME

W.G. disse...

Com um pouco de atraso, agradeço sua visita ao meu blog O Muro.

Sim, aprecio poesia e, às vezes, arrisco alguma.

Vide:
http://www.jornalolince.com.br/2008/jan/grafias/gorj.php

Achei bacana o seu blog. Prometo voltar com mais vagar.

Abraços.

Minha Esperança disse...

Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.

Mario Quintana

Cynthia Lopes disse...

Obrigada querido poeta por sua visita, o blog Cântico das Palavras é seu também e possui mais duas páginas, Opinião e Nuevo Cántico, esteja a vontade.
Voltarei com calma ao seu recanto para saborear cada verso. A chuva caiu aqui no Rio no final de semana e como adoro o cheiro da terra molhada, deixo aqui este meu comentário. Um grande abraço