21 de março de 2008

Alguns Segundos

Um segundo, por favor
Eu preciso respirar
Olhar o dia, as flores, o meu redor
Os rostos estranhos na rua.

Mas o que foi, você não tem um segundo?
Tem razão, isso é muito tempo
Tanto que não conseguimos nem contar
Verificar, emprestar ou dar.

E mesmo assim eu persisto
Quero um três segundos e ponto final
O céu azul vai escurecendo e eu não vejo o dia
O sol me vê e nem lhe dou bom - dia.

Não adianta reclamar,
Já peguei os três segundos e não vou devolver
Pode ver aqui, ali, eles se foram
E se deixar vamos também sem sequer notar que estamos indo.

Mas o que aconteceu?
O dia parou,
O vento cessou,
A chuva e o sol pararam,
A noite estacionou,
O relógio não acabou a bateria
E nós o seguimos dia - a - dia.
"Alguns segundos" foram os primeiros versos que ousei experimentar, ou seja, a primeira poesia que escrevi a cerca de cinco anos atrás.

3 comentários:

Tânia Duarte disse...

Apesar de já ter o previlegio de conhecer esta linda poesia, não será demais frisar que é linda. Foi a tua primeira poesia e foi o teu primeiro passo para te tornares num belo poeta! E terei muito gosto em seguir as tua pisadas :) se nao fosses tu a esta hora nao estava a escrever, novamente, aquilo que sinto.

Apareceste na hora certa na minha vida :D

bjs*
ME

Pripa Pontes disse...

Nossa, que interessante. Os primeiros traços de um poeta!
Adorei o drama do tempo...e hoje o ser humano faz tantas coisas ao mesmo tempo, que um segundo parece mesmo, ser muito tempo a perder.

Mas por vezes seria melhor que o entardecer, o dia, o amanhecer, a noite parassem para que pudéssemos apreciá-los.

Quatas vezes passamos apressados e nem notamos que belo dia azul se apresenta diante de nós. Preferimos encarar o concreto.


Bjos.
Feliz Páscoa!

T S disse...

O teu talento para as letras nao tem tempo,nem mede espaco...
muito lindo amigo
ts