Hoje à tarde no Palácio Tiradentes
(centro, Rio de Janeiro), atividade do Rio+20 juntou parlamentares e
empresários. Em cada esquina há uma viatura da polícia. Anúncio de um Rio que
se quer seguro, bonito e confiável para o capital. Prelúdio de uma cidade que
nega sua pobreza e persegue seus pobres. Um Rio que limpa suas ruas dos
miseráveis despejando-os para bem longe das delegações, dos turistas e da mídia
internacional. Limpeza urbana das pessoas transformadas em lixo que não servem
mais ao funcionamento do sistema. Hoje no Castelo (centro) estranhamente não vi
um morador de rua sequer. Sumiram todos. Para onde foram levados? Quem os
levou? Só ficaram os seus vira-latas. Órfãos sem glamour da festa do Rio-20. As
ruas estavam “limpas”, vigiadas e tranquilas. Como disse Simón Bolívar, “temos
guardado um silêncio muito parecido com a estupidez”.
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