17 de junho de 2012

Lixo humano carioca


Hoje à tarde no Palácio Tiradentes (centro, Rio de Janeiro), atividade do Rio+20 juntou parlamentares e empresários. Em cada esquina há uma viatura da polícia. Anúncio de um Rio que se quer seguro, bonito e confiável para o capital. Prelúdio de uma cidade que nega sua pobreza e persegue seus pobres. Um Rio que limpa suas ruas dos miseráveis despejando-os para bem longe das delegações, dos turistas e da mídia internacional. Limpeza urbana das pessoas transformadas em lixo que não servem mais ao funcionamento do sistema. Hoje no Castelo (centro) estranhamente não vi um morador de rua sequer. Sumiram todos. Para onde foram levados? Quem os levou? Só ficaram os seus vira-latas. Órfãos sem glamour da festa do Rio-20. As ruas estavam “limpas”, vigiadas e tranquilas. Como disse Simón Bolívar, “temos guardado um silêncio muito parecido com a estupidez”.

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