30 de dezembro de 2007

Não há desculpas


Desculpem os atos
Inconseqüentes e inaptos.

Desculpem as faltas
Recorrentes e hipócritas.

Desculpem a burocracia
Inválida e convalida.

Desculpem os relatórios
Os rótulos e diagnósticos compulsórios.

Desculpem a indiferença
Estúpida e covarde.

Desculpem estes dias
Em que não se come
Não se bebe
Não se abraça
Não se ama.

Desculpem
Essa vida desgraçada
Atores e atrizes de uma estória trágica
Sem a mínima graça.

*Imagem pesquisada em: ttp://asvinhasdaira.wordpress.com/2007/07

2 comentários:

Erika tudo zen disse...

Obrigada pela visita ao meu blog. Realmente gosto de poesia e tenho algumas, mas não postei nenhuma de minha autoria. Alguns artigos foram escritos por mim e outros eu achei que seriam relevantes, pois possuem temas muito importantes nos tempos de hoje. Gostei de suas poesias, não li todas, mas a poesia: "Não há desculpas" eu achei muito tocante.
Feliz Ano Novo para vc e para os seus também.

Célia de Lima disse...

Não há desculpas para a nossa cegueira :-(

Foi muito bom te ler, José. Um outro abraço e.. inspiração, sempre.