28 de julho de 2010

Convite Defesa

A "Chacina do Pan" e a produção de vidas descartáveis na cidade do Rio de Janeiro: "Não dá pé Não tem pé nem cabeça. Não Tem ninguém que mereça. Não tem coração que esqueça".

10 de agosto (Terça)

As 14 horas
Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói
Campos Gragoatá, Bloco O, Sala 510.

Enfim, depois de dois anos de pesquisa chegou a hora de defender a dissertação. Mais do que ser aprovado e obter o grau de mestre trata-se do registro e, ao mesmo tempo, da denúncia de práticas de extermínio, já naturalizadas, contra a vida dos moradores de comunidades pobres. A pesquisa tomou como analisador a “Chacina do Pan”, ocorrida no Complexo do Alemão em junho de 2007, e buscou discutir: a) como se dá, hoje, na cidade do Rio de Janeiro, a produção de vidas descartáveis, isto é, vidas sem valor; b) como alguns veículos de comunicação de grandes corporações midiáticas cobriram e apoiaram a Chacina no Complexo do Alemão; c) que processos de subjetivação são estes que vem sendo produzidos e que corroboram na produção do medo e da insegurança e, também, em aplausos e apoio a políticas de extermínios das populações pobres cariocas.

Hoje, três anos após a “Chacina do Pan”, poucos são aqueles que ainda lembram e falam da mesma. Pior, pouquíssimos foram aqueles que souberam que houve uma chacina antes dos jogos Pan-Americanos em 2007. Apesar da produção do esquecimento e do medo, da violência constante presente nas operações policiais, de novas e terríveis chacinas, é preciso que nos recusemos a aceitar este estado de coisas que violenta e aniquila não apenas a vida dos moradores de favelas, mas a nossa própria vida.


Um comentário:

I'm Nina, Marie, etc... disse...

Ah, que legal... Vou ver se consigo ir... Estou virando "rata" de defesas... Aí aproveito e conheço você!
Beijos!